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Foto do escritorPsicóloga Laiza Costa

Ninguém me ama...?


Sentir que alguém nos ama é um dos desejos mais genuínos da natureza humana.

A fim de encontrar possíveis justificativas para esta afirmação, te convido a refletir sobre alguns aspectos que podem estar envolvidos nesta premissa.

Vamos explorar a seguinte perspectiva: Almejar que alguém sinta amor por nós, revela uma necessidade de fortalecimento da nossa autoestima. Sim, autoestima! Isso porque quando outra pessoa me ama ela também está me afirmando que atribui algum valor sobre quem eu sou.

Desta forma, mesmo sem ter consciência disso, buscamos em meio as nossas relações fontes para continuarmos nos nutrindo deste sentimento, seja por meio de um relacionamento afetivo, do vínculo com amigos ou até mesmo no trabalho.

Mas… e quando não encontramos estas fontes?

É comum que as pessoas se sintam solitárias, deprimidas e/ou rejeitadas quando, em alguma medida, enfrentam dificuldades em se expor, se conectar com outras pessoas e/ou cultivar relações. Este tipo de situação pode nos proporcionar a sensação de que ninguém gosta de nós, o que nos leva a entrar em um estado mental negativo sobre nós, como por exemplo acreditar que não temos valor ou que não somos dignos de sermos amados.

De maneira geral, a afirmação: “Ninguém me ama” é um pensamento dicotômico, ou seja, o famoso 8 ou 80, do qual nosso cérebro considera apenas duas possibilidades: ou fulano me ama ou fulano me odeia. Embora em alguns casos uma das afirmações de fato possa ser verdade, este tipo de pensamento frequentemente representa uma distorção da realidade percebida pelo indivíduo.

A rigidez deste tipo de pensamento demonstra a dificuldade que sentimos em aceitar que nem todo mundo vai gostar de nós, ou vá gostar o tempo todo. Por isso, trabalhar a nossa flexibilidade cognitiva, ou seja, nossa capacidade de confrontar pensamentos e identificar outras perspectivas nos ajuda a encontrar outras soluções para que, mesmo diante da dor que a rejeição nos causa, ainda assim seja possível seguir em frente e nos nutrir de outros afetos e aprovações.

Um aspecto importante nesta análise é que muitas vezes idealizamos tanto a maneira que queremos ser amados ou tratados pelos outros, que diante da oferta de um amor ou forma de tratamento destoante à nossa expectativa, não conseguimos nos sentir queridos ou aceitos.

Por isso, antes de finalizarmos, deixo aqui um questionamento que você também pode fazer a si próprio:

Ninguém me ama ou, na verdade, não me sinto amado como gostaria…?


Espero ter contribuído para o desenvolvimento do seu autoconhecimento e te convido a me enviar sugestões de temas para futuras reflexões aqui no Blog.




Com carinho, Psicóloga Laiza Costa


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